Nas palavras do autor, Claudio Carneiro: "Sobrevoar a cidade do Rio de Janeiro por seis anos - fazendo o repórter aéreo para três emissoras de rádio – despertou em mim a curiosidade de pesquisar as particularidades de nossas ruas, bairros e, até mesmo, de nossa história. “Rio de Janeiro e os nomes de suas ruas” não tem a pretensão de fazer registros históricos ou pesquisas elaboradas. Ele tem o mero objetivo de apresentar os personagens que ousaram em determinado momento de suas vidas e os fatos que mudaram a rotina, a cara da cidade ou mesmo do país. O Rio de Janeiro tem mais de 20 mil logradouros – entre ruas, avenidas, praças, becos e ladeiras. Segundo a legislação do município, o candidato a nome de rua – se for brasileiro – deve estar morto e – se for estrangeiro – deve ter um nome pronunciável. O nome deve ainda ser livre de cacofonia ou homônimos e ser reconhecido como merecedor de homenagem. São aceitas datas de significação para a história, santos de calendários, religiosos, nomes indígenas ou tirados da geografia, fauna, flora, folclore ou mitologia. Generosos foram nossos poetas e compositores que fizeram do Rio de Janeiro a cidade mais cantada do mundo. Tom, Vinicius, Chico, Noel, Gil fizeram a sua parte. Este livro quer "cantar" centenas de ruas, as cariocas e também as homônimas espalhadas por nossas cidades em todo o país. Lendo estes verbetes, você vai perceber a importância e grandiosidade de um evento como a Guerra do Paraguai e o número de personalidades, datas e fatos imortalizados por este que foi o maior conflito da história de todo o continente americano. Vai descobrir, por exemplo, que nosso mais genial inventor não era exatamente um “pé de coelho” e que um dos autores do Hino Nacional Brasileiro não sentaria na mesma mesa do maior jurista que este país já teve. E tem mais: a cantora brasileira de maior sucesso no exterior era portuguesa; o maior nome do tango argentino era francês; o maior pintor brasileiro morreu envenenado pelas próprias tintas; o vulcão Vesúvio engoliu um jornalista brasileiro; o almirante negro do samba “O mestre-sala dos mares” era, na verdade, um marujo. Mas não para por aí: um conceituado arquiteto suíço queria construir um minhocão atravessando a zona sul; a ideia de usar o álcool como combustível surgiu 60 anos antes de ser posta em prática. Você desconfiava que o maior poeta português era astrólogo? Que a estátua do Cristo Redentor – maravilha! - não teria os braços abertos? Que o primeiro jornal brasileiro foi publicado em Londres e existe até hoje? E ainda que somente 12 homens pisaram na Lua? Logradouros como a Praça Tiradentes, Avenida Presidente Vargas e Rua Primeiro de Março são referências marcantes, mas existem outros endereços menos conhecidos e igualmente curiosos. Vamos acabar com algumas dúvidas? Afinal, a Avenida Niemeyer homenageia mesmo o arquiteto? Leila Diniz foi parar na Ilha do Governador? A Rua Jogo da Bola é uma alusão ao esporte que consagrou o Ronaldinho? Vamos andar por aí e descobrir."
